Antroposendo: vivendo [t]~[d]ensamente ou dançamente?

por Ariska Derìì

Antropo.Cenas
2 min readJan 7, 2024

O fato é que a mente dança ao ouvir os cânticos antropológicos

Ora cânticos canônicos, ora fábulas sob pseudônimos

O resguardo do nome é para a ciência não ver

Não capturar

Que a arte é viva como a vida é, dançar

Afinal, o mundo que pensamos controlado falhou

e ninguém te avisou?

Explorar indeterminações neste apocalipse moderado

encontros de contos contaminados

É elevar a voz contra a precarização

de nossos cibercorpos & neoaflições

A arte de perceber

já fala sobre ser

Contar histórias mal resolvistas

plantar conceitos e colher vida

Nem humano

Nem acabado

Nem homem

o texto é sempre carnal (carnaval?)

Pois Haraway já dizia: naqueles dias há um mundo em processo trans que faz de gênero o substantivo errado! Palavra da salvação, glória às vozes senhoras.

Dominação não é a única coisa acontecendo aqui

A zona pede influência, levanta-te!

ou seremos apenas vítimas?

arrastadas por correntes nem sempre marítimas

O virtual não é imaterial

tipo um fantasma marginal

o assombro é a única categoria dada

nesse macabro conto de fadas

O pior é que há magia

ora ora quem diria

basta seguir a dança

e as raízes e as tranças

_____________ ______________ ___ _____ ______ Na era da perturbação antropo

o macho precisa cair do topo

Abre tua boca e habla, mona!

A vergonha é mais masculina do que humana

__________________________________- — — — — — — — — -____ . maniFesta-te-se-nos

Bem-vinde à confabulação micelial,

praz-ser, Ariska

a trava pós-capital

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* Ariska Derìì da Costa Lopes é travesti manauara (Manaus-AM), artista visual, modelo e artesã de moda. Mestranda do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social (PPGAS-UFAM).

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Antropologia, Ecologia Política e Contracolonialismo no Antropoceno twitter: thiagotxai Academia:ufam.academia.edu/ por Thiago Cardoso